Oh, a música espanhola dos anos 2000, esse pequeno paraíso terrestre de Fito y Fitipaldis, Amaral e La Oreja de Van Gogh… oh meu Deus, La Oreja de Van Gogh. Seja com Amaia ou Leire, o grupo compôs hinos que se tornaram intemporais, e o anúncio do regresso de Amaia como vocalista deixou-nos com muitas incógnitas sobre a digressão e a nova música.
Por isso, para tornar a espera mais agradável, preparámos uma lista de coisas para fazer em Madrid hoje (ou no dia em que menos se espera) se for fã da banda:
Comprar “rosas” numa das floristas mais conhecidas de Madrid.
Não fique com a cara encharcada à espera que lhas dêem. Madrid está cheia de lojas de flores de todos os tipos, desde as lendárias bancas de Tirso de Molina até novos lugares dignos de serem o centro do seu feed do Instagram. Brumalis, Lorena Marco Flores ou Mon Parnasse são algumas das montras que certamente já viu num passeio pela capital.
Se, para além de as ouvir, gosta mais de ver rosas do que de as comprar, o jardim de rosas do Real Jardim Botânico ou o do El Retiro é algo que vale a pena ver (pelo menos) uma vez na vida.
Ir a um concerto dedicado a La Oreja de Van Gogh entre velas (como aquele mosquito que segue a luz).
Na ausência de datas para a nova digressão, um concerto de tributo a La Oreja de Van Gogh é uma forma muito boa de ouvir as suas canções ao vivo. E de uma forma diferente, como no caso dos concertos Candlelight: o palco do Círculo de Bellas Artes coberto de velas, e um pianista profissional a tocar ao vivo temas como Deseo de Cosas Imposibles. Sinceramente, não precisamos de mais nada.
Fazendo um percurso por Malasaña em busca de um portal onde “podes contar comigo”.
Embora esperemos que não beba um café com sal e, sobretudo, que não lhe apeteça chorar, aconselhamo-lo a fazer o percurso que o pobre rapaz que falava de “Podes contar comigo” poderia ter feito. O bairro de Malasaña, a Plaza del Dos de Mayo e a Calle de la Palma são alguns dos lugares que fazem parte do contexto da música pop dos anos 2000.
Nesses anos, Malasaña herdou o espírito contracultural da Movida, e a nova geração encontrou neste bairro emblemático um epicentro do pop-rock espanhol. Um género do qual La Oreja de Van Gogh foi uma parte importante. Por isso, perder-se nas suas ruas é sinónimo de imaginar que cada porta pode ser o lugar onde o rapaz estava à espera, sentado no chão sem pensar.
Ir ao karaoke “na madrugada do dia 20 de janeiro” (ou quando for).
Os que não são da capital dirão que vieram a Madrid para estudar, mas na verdade a razão principal é ir a um karaoke cantar 20 de enero. Gritar “Y desde entonces te quiero, te adoro y te vuelvo a querer” com um microfone e uma base musical como guia? Basta dizer-nos a data e a hora. E o local, porque a capital tem muitos e variados karaokes em diferentes pontos da cidade. BAM Karoke Box no bairro de Salamanca ou Toni 2 em Salesas são dois nomes bem conhecidos, mas também outros como Cheers Karaoke.
Experimente os looks dosmilero em lojas vintage como uma boa “rainha da pop”.
Calças de cintura baixa, cintos largos com tachas, colares sobre camadas e camadas de t-shirts e casacos… ícones têxteis imortais. E se a moda volta sempre, a dosmilera que se usou durante o período de maior sucesso de La Oreja de Van Gogh não é exceção.
Por isso, se quiser reviver esses tempos, Madrid tem muitas lojas vintage e de segunda mão, como Magpie, Neare ou La Mona Checa, onde pode encontrar verdadeiras jóias, tanto em roupa como em acessórios.
Visitar “Paris” sem sair da comunidade
Não é preciso “lembrar-se de Paris” se estiver em Madrid. E embora não seja a verdadeira Torre Eiffel, o Parque Europa é o caminho mais rápido para se sentir como se estivesse na capital francesa. Ou em Londres, ou em Roma, ou em Bruxelas, ou? porque este grande parque em Torrejón de Ardoz tem 18 réplicas de monumentos europeus, incluindo o símbolo parisiense para sentir (metaforicamente) o drama parisiense de La Oreja de Van Gogh.
Ir à “praia” em Madrid
Sabemos que já está a ficar mais fresco. Mas também sabemos que o tempo em Madrid é imprevisível, o que significa que é sempre bom ter planos para o calor (mesmo no final do ano). E que melhor maneira de homenagear “La Playa” de La Oreja de Van Gogh do que, literalmente, ir à praia? Ou, no caso de Madrid, as suas praias interiores e piscinas naturais, como Las Presillas, El Muro ou o Alberche. Não são como a de San Sebastián de que fala a canção, mas talvez a canção mais bonita do mundo também pudesse ser escrita lá.